'Gota da Curia' presta homenagem à água

“DEUSA ÍRIS, A GOTA DA CURIA” PRESTA HOMENAGEM À ÁGUA

O conjunto escultórico “Deusa Íris, a Gota da Curia”, localizado na rotunda do Largo Dr. Luís Navega, na Curia, está concluído, tendo entrado em funcionamento ontem à noite. Este elemento, da autoria do artista plástico conimbricense Pedro Figueiredo, presta tributo à água termal e representa um investimento municipal de aproximadamente 140 mil euros.
O elemento escultórico é constituído por um polígono com base triangular, com 4,5 metros de altura. No cimo do mesmo encontra-se uma figura feminina, em bronze, serenamente sentada, com o seu braço esquerdo esticado, segurando na mão uma gota que derrama água em fio. Esta escultura representa a Deusa Íris, que é também a Deusa do Céu, da Água e do Arco-íris. Esta deusa grega une o céu e a Terra, sendo mensageira dos deuses com os seres humanos. Era adorada tanto por deuses como por mortais, pela bondade e amor transmitídos, daí o poder curativo da sua água.
Para a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, a “Gota da Curia” “é a concretização de um projeto que há muito vinha sendo idealizado e, de certa forma, reivindicado pelas pessoas da Curia e, inclusive, pela respetiva Junta de Freguesia, na medida em que, aquando a requalificação urbana da Curia, as pessoas sentiram que esta rotunda tinha ficado sem algo que dignificasse um pouco mais esta estância termal”. Segundo a autarca, criar neste local “algo emblemático, associado às termas da Curia e à água”, foi a intenção associada a esta obra do Município de Anadia. Após várias ideias e abordagens, o Município lançou este desafio ao escultor Pedro Figueiredo, um artista plástico com créditos nesta área e com obras um pouco por todo o país. “O repto foi aceite de bom grado, tendo o projeto começado a ser trabalhado em 2018 e culminado agora com a sua entrada em funcionamento”, adianta a edil.
Para Teresa Cardoso, este monumento é também “uma homenagem à grande riqueza existente no concelho de Anadia: a água”. Além das Termas da Curia e das Termas de Vale da Mó – frisa – “temos o privilégio de ter, no nosso subsolo, este precioso recurso natural”, que permite à Câmara Municipal “fazer a gestão” da rede de abastecimento de água. “Este é um monumento que pretende evocar toda esta grande riqueza do concelho de Anadia”.
A presidente da Câmara Municipal de Anadia acredita que as pessoas “não vão ficar alheias” a este elemento escultórico. “Penso que, com o tempo, mesmo os mais críticos, ficarão rendidos a esta obra de arte”. “É evidente que, quando se idealiza um projeto, temos a noção de que nunca conseguiremos agradar a todos”. Contudo – acrescenta – “estou convencida de que, na sua maioria, esta obra irá reunir o consenso de todos”, e que “o espaço fica muito mais enriquecido com este elemento e, certamente, convidará as pessoas a levar daqui uma boa recordação”. “Se a Curia já tinha encanto, de certeza que, a partir de agora, passará a ter ainda mais encanto”, conclui.
O escultor Pedro Figueiredo deixa um agradecimento público ao Município de Anadia “pelo convite e também por acreditar no meu trabalho para um lugar tão emblemático como este que é a Curia”. O artista plástico considera que a Deusa Íris irá tornar-se um “ícone da Curia”.
O elemento escultórico pretende assim relevar a notoriedade da Curia, como estância termal de reconhecimento regional, nacional e internacional, bem como o princípio da sua história, a sua memória como património existente, nomeadamente a sua essência que é a água termal.
Recorde-se que a Curia, ao longo dos séculos, foi sempre conhecida pela qualidade das suas águas com poderes curativos, sendo uma das principais povoações de referência do concelho da Anadia.