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Factos e Personalidades
área de conteúdos (não partilhada)José Luciano de Castro
José Luciano de Castro nasceu em Oliveirinha (concelho de Aveiro) em 1834, mas foi em Anadia que casou e teve residência, tendo aqui falecido no dia 9 de Março de 1914. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, destacou-se como jurisconsulto, jornalista e político. Neste âmbito, foi repetidamente eleito deputado, chefiou o Partido Progressista e abraçou cargos ministeriais, sendo chamado a formar governo em três ocasiões.
Na esfera local, a sua família granjeou um enorme respeito e admiração, não só pelo papel desempenhado no desenvolvimento da estância termal da Curia e no surgimento da produção de espumantes na Bairrada, mas também, e principalmente, pelo apoio dado aos mais carenciados. Entre outras ações beneméritas, José Luciano de Castro foi o primeiro Irmão Fundador da Santa Casa da Misericórdia de Anadia e, após a sua morte, a viúva e as filhas promoveram a construção de um hospital-asilo a que deram o seu nome, designação que ainda hoje mantém.
"Especial dedicado a José Luciano de Castro: Região Bairradina de 19 de Março de 2014
Imagens da cerimónia de homenagem a José Luciano de Castro (9 de março de 2014)
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Museu / Palacete José Luciano de Castro
Espaço museológico, da tutela da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, integrado no Palacete onde viveu José Luciano de Castro (1834-1914), chefe do partido progressista e notável estadista da monarquia liberal. O Palácio foi construído em 1860 pelo seu sogro, Alexandre Ferreira de Seabra (1818-1891), advogado e autor do primeiro Código do Processo Civil Português.
Horário: Segunda a sexta-feira: 09h00 -12h30 / 14h00 – 17h30
Entrada: Gratuita
Mais informações: aqui
Manuel Rodrigues Lapa
Veja o video sobre a Biografia de Manuel Rodrigues Lapa: aqui
Manuel Ribeiro
(n. Anadia, 15 de dezembro de 1879 – m. Anadia, 21 de março de 1936)
Soldado distinguido, em 1904, com o grau de cavaleiro da Ordem de Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, pela rainha regente D. Maria Pia pelos seus atos de heroísmo durante a campanha militar de 1902 no Bailundo, em Angola. Integrava, então, a Companhia dos Dragões de Moçâmedes que, sob o comando do capitão Joaquim Teixeira Moutinho, teve como missão suster a revolta das populações do Bailundo (atual Huambo), no planalto central angolano. Durante a campanha, destacou-se pela sua ousadia e valentia em arriscadas ações, que contribuíram para o sucesso das operações. No respetivo relatório, o capitão Moutinho destacou os feitos de três dos seus homens, propondo que lhes fosse conferido o grau de cavaleiro Ordem de Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, sendo Manuel Ribeiro um desses militares.
O nome de Manuel Ribeiro foi atribuído, pela Câmara Municipal, a uma rua e a uma praceta em Anadia, aquando da homenagem que a autarquia lhe prestou em 1997, no âmbito da qual se procedeu à trasladação, com honras militares, dos seus restos mortais para o novo cemitério da cidade, e à publicação de um estudo sobre o soldado, da autoria de Carlos Bento.
Nova evocação do soldado ocorreu no passado dia 10 de janeiro, por ocasião da assinatura entre Carlos Ribeiro, neto do homenageado, e a Câmara Municipal de Anadia, de um protocolo que formaliza a doação, ao Município, de espólio de Manuel Ribeiro. Deste conjunto de bens, que se encontra em exposição permanente nas instalações da Biblioteca Municipal, fazem parte as insígnias do grau de cavaleiro da Ordem de Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito.
Leia aqui o estudo sobre Manuel Ribeiro.
Ouça aqui a entrevista da Rádio Província a Carlos Ribeiro, neto do soldado Manuel Ribeiro.
Consulte aqui a Cédula Militar de Manuel Ribeiro (1912)
Imagens da cerimónia de homenagem a Manuel Ribeiro (10 de janeiro de 2015)
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Manuel Ribeiro (1)
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Manuel Ribeiro (2)
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Manuel Ribeiro (6)
Forais Manuelinos
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Forais Manuelinos
500 Anos dos Forais Manuelinos
Os forais manuelinos, ou forais novos, foram atribuídos aos concelhos no início do século XVI, no âmbito da reforma administrativa levada a cabo por D. Manuel I, com o objectivo de actualizar os forais medievais, ou forais velhos, e de legitimar as realidades concelhias entretanto surgidas de facto, mas não de direito.
Forais Medievais
Durante a Idade Média, os forais, em sentido estrito, deram origem a centenas de concelhos, isto é, a comunidades de homens livres – os vizinhos - a quem era outorgada alguma autonomia administrativa (ao contrário do que acontecia no aforamento ou contrato colectivo de exploração da terra).
Estes instrumentos jurídicos foram criados num contexto de guerra, em que se procurava assegurar a ocupação e a exploração de terras desabitadas, principalmente nas fronteiras, bem como dotar as comunidaes de autoridades e privilégios que ajudassem a garantir a justiça e a paz, ao mesmo tempo que se organizava e ampliava a cobrança de impostos.
O Desajustamento dos Forais
À medida que os anos foram passando, a aplicação das cláusulas dos forais tornou-se cada vez mais difícil: as moedas em que alguns foros eram pagos haviam deixado de existir, alguns pesos e medidas tinham valores muito diferentes dos iniciais, havia casos de falsificação de cartas de foral (para obrigar os vizinhos a pagarem mais do que deviam), e a linguagem e tipo de letra em que estavam redigidos dificultava a sua leitura e interpretação.
Assim, as dúvidas suscitadas na leitura e interpretação destes documentos eram aproveitadas por alguns representantes dos senhores da terra para cometerem ilegalidades, o que podia levar ao aumento dos impostos cobrados e à diminuição dos direitos dos vizinhos.
As queixas destes começaram a generalizar-se, e, nas cortes de Santarém de 1430, são, pela primeira vez, apresentados pedidos e queixas relativos aos forais, e pedida a resolução do problema, que teria de passar pela sua revisão ou reforma.D. Afonso V (r. 1438-1481) e D. João II (r. 1481-1495) iniciam a reforma, mas o processo não é concluído. Nas cortes de Montemor-o-Novo, em 1495, os concelhos voltam a insistir nesta questão, e conseguem sensibilizar D. Manuel I (r. 1495-1421), que, a 22 de Novembro de 1497, ordena que a conclusão da reforma se faça o mais depressa possível. Dos vários funcionários nomeados para a execução desta tarefa, vai destacar-se Fernão de Pina.
Como se faz a reforma?
Para detectar falsificações e erros, os forais que estavam na posse dos concelhos eram comparados com os que se encontravam na Torre do Tombo (arquivo), em Lisboa. Para facilitar o trabalho, dividiu-se o país em cinco zonas: Entre-Douro-e-Minho, Trás-os-Montes, Beira, Estremadura e Entre-Tejo-e-Odiana. As terras do actual concelho de Anadia que receberam forais manuelinos pertenciam à Estremadura.
Para além de se proceder à alteração do teor dos forais já existentes, foram também outorgados forais a terras que nunca os haviam recebido.
Forais Manuelinhos
Porque as circunstâncias que deram origem aos forais velhos e aos forais novos eram diferentes, o teor das cartas de foral outorgadas por D. Manuel é também diverso: não se procura regulamentar a vida de novas povoações, mas, antes, adaptar velhas normas a novas condições de vida, ou dar normas escritas a localidades que as não tinham.
Neste novo contexto, ganha muito mais importância o aspecto económico do que a justiça. E, assim, os forais manuelinos quase não referem as autoridades e os oficiais, pois a justiça tende a estar cada vez mais sob a alçada do rei e dos seus funcionários. Pelo contrário, os impostos e as multas ocupam a maior parte do conteúdo destes documentos, demonstrando o quão importante era esclarecer rigorosamente os montantes que os vizinhos deviam pagar.
Forais Manuelinos das Terras de Anadia
Na área do actual concelho de Anadia, foram outorgados os seguintes forais manuelinos:
Foral Data do Documento Data de Registo
(Torre do Tombo)Arquivo Avelãs de Cima, Famalicão, Pereiro e suas anexas
1514-01-10 1514-01-10 Arquivo Municipal de Anadia Vilarinho do Bairro 1514-03-06 1515-03-06 Museu de Aveiro (Santa Joana Princesa) Carvalhais, Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim
1514-03-10 1514-03-10 Arquivo Municipal de Anadia e
Banco de PortugalS. Lourenço do Bairro 1514-04-05 1514-04-05 Arquivo Municipal de Anadia Aguim n.c. 1514-07-01 n.c. Sangalhos 1514-08-20 1514-08-20 Biblioteca Nacional de Portugal (online: aqui) Anadia 1514-08-21 1514-08-21 Arquivo Municipal de Anadia Pereiro 1514-08-27 1514-08-27 Arquivo Municipal de Anadia Mogofores (1) 1514-08-30 e 1514-09-12
1514-09-12 Fundação da Casa de Bragança
e Arquivo Nacional Torre do TomboÓis do Bairro (2) 1514-09-14 1514-09-12 Arquivo Municipal de Anadia e Arquivo Nacional Torre do Tombo Boialvo n.c. 1514-10-05 n.c. Avelãs de Caminho 1514-11-13 1514-11-13
Arquivo Municipal de Anadia Vila Nova de Monsarros 1514-12-09 1514-12-09 Arquivo Municipal de Anadia e
Arquivo da Universidade de CoimbraParedes do Bairro n.c. 1519-12-20 n.c. (1) O exemplar do foral entregue ao concelho tem data de 30 de Agosto de 1514 e encontra-se à guarda da Fundação Casa de Bragança. O exemplar do Bispado de Coimbra, senhor da terra, tem data de 9 de Setembro de 1514 e é um códice que reúne os forais dados a diversas terras do dito bispado, a saber: Barrô, Aguada, Mogofores, Casal Comba, Óis do Bairro, Vacariça e Mealhada. Na sequência de uma reclamação, ambos os códices contêm um aditamento, de 8 de Maio de 1520, relativo aos foros e direitos pagos em Mogofores. Está depositado na Torre do Tombo (Colecção de Forais 1504/1516) e encontra-se disponível on line.
(2) O exemplar do foral entregue ao concelho tem data de 9 de Setembro de 1514 e encontra-se à guarda do Município de Anadia. O exemplar do Bispado de Coimbra, senhor da terra, tem a mesma data - trata-se do mesmo códice que mencionámos a propósito do foral de Mogofores.
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Foral de S. Lourenço do Bairro
Forais Manuelinos
Anadia
Comemorações do 5º Centenário1514-2014
5 de abril500 anos do Foral de S. Lourenço do Bairro
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Foral de Carvalhais, Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim
Forais Manuelinos
5º Centenário da outorga do foral novo a Carvalhais, Ferreiros, Fontemanha e Vale de Avim
10 de março de 1514 -
Foral de Vilarinho do Bairro
Forais Manuelinos
5º centenário da outorga do foral novo a Vilarinho do Bairro
06 de Março de 1514Foral de Vilarinho do Bairro_DRCC_Museu de Aveiro
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Foral de Avelãs de Cima
Forais Manuelinos
5º centenário da outorga do foral novo a Avelãs de Cima, Famalicão, Pereiro e suas anexas
10 de Janeiro de 1514