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A Noite
área de conteúdos (não partilhada)SINOPSE
Na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 de abril de 1974, a rotina vai ser interrompida pela discussão entre o redator da província, Manuel Torres, um jornalista de alma e coração que defende a verdade jornalística acima de qualquer outro interesse, com o seu chefe da redação, Abílio Valadares, homem submisso ao poder político, que aceita a censura aos textos sem questionar e que conta com o apoio incondicional de Máximo Redondo, o diretor do jornal. Torres, que não tolera a ideia de o jornal ser constantemente manipulado por terceiros, está em constante luta ideológica com a chefia. Ele é um idealista que vai lutar para que a verdade volte às páginas do “seu” jornal e terá como aliados Cláudia, uma jovem estagiária, e Jerónimo, o linotipista, chefe do turno da noite. O conflito ganha uma dimensão ainda mais dramática quando surge na redação o boato de que poderá estar a acontecer uma revolução na rua. O chefe de redação proíbe que se publique qualquer notícia sobre o tema. A agitação e o nervosismo crescem no seio do jornal, com Torres e Jerónimo a exigirem que se confirme a veracidade dos factos e que os mesmos sejam notícia de primeira página no dia seguinte. Do outro lado da “barricada”, o diretor e o chefe de redação tudo fazem para desvalorizar a alegada convulsão social, na certeza de que não irão imprimir notícia alguma, nem que para isso tenham de alegar uma avaria nas máquinas dos linotipistas. Está instalada uma micro-revolução na redação. A incerteza cresce até que se consiga provar o que poderá estar a acontecer na rua. Mesmo depois de provados os factos, qual será a verdade que irá vencer? Haverá alguma notícia na primeira página da edição do dia seguinte? Ao longo de toda a ação, o contínuo do jornal, Faustino, que sabe mais do que aparenta e tenta manter uma atitude neutra, vai desconstruir alguns dos conflitos vividos na redação. Faustino é coxo de nascença e o seu andar atípico, que lhe dificulta a atarefada profissão de contínuo, visa ironizar sobre o estado do país e a velocidade com que o mesmo avança. Faustino simboliza o Zé-Povinho. Gosta quando o Torres o chama de Fastino que, segundo diz, era a sua alcunha quando “jogava futebol”, por ser muito rápido...
FICHA ARTÍSTICA
Encenação e adaptação de Paulo Sousa Costa e assistência de encenação de Luís Pacheco
Diogo Morgado (Manuel Torres, redator da província)
Jorge Corrula (Jerónimo, chefe da tipografia)
João Didelet (Máximo Redondo, Diretor da redação)
Luís Pacheco (Valadares, chefe da redação)
Elsa Galvão (Esmeralda, secretária da redação)
Ricardo de Sá (Pinto, redator desportivo)
Henrique de Carvalho (Fonseca, redator parlamentar)
Sara Cecília (Cláudia, estagiária da redação)
João Redondo (Faustino, contínuo)
DURAÇÃO
90 minutos
INTERVALO
Com Intervalo
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA
M/12
PREÇÁRIO
1.ª Plateia - 25,00€
2.ª Plateia – 20,00€
Balcão – 18,00€
Bilheteira online: