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Gabinete Técnico Florestal
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Património Arbóreo
área de conteúdos (não partilhada)Arbutus unedo L. (Medronheiro)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Ericales > Família: Ericaceae > Género: Arbutus > Espécie: Arbutus unedo
O medronheiro é um arbusto ou pequena árvore, que pode chegar a medir entre 8 a 10 m de altura, embora normalmente não ultrapasse os 3 a 5 m, com raízes profundas. Tronco com a casca vermelho escuro ou cinza escuro, muito escamosa, que se desprende em placas, ficando caduca nos exemplares velhos. Caules erectos, tortuosos e ramos jovens avermelhados. Folhas simples, em disposição alterna, mais ou menos serradas, persistentes, obovado lanceoladas com pecíolo curto, um pouco coriáceas, glabras, lustrosas e verde-escuras na página superior, mais pálidas na inferior. Flores medíocres, reunidas em panículas pendentes e terminais. Corola gomilosa, esbranquiçada-esverdeada, com 5 dentes retroflectidos, caduca; 10 estames, inclusos. O fruto é uma baga globosa, vermelha na maturação, comestível (medronho), com a superfície provida de pequenas verrugas ou picos. Tem sabor ligeiramente ácido mas agradável, com 20 a 25 sementes. A época de floração surge na altura em que os frutos do ano anterior ficam maduros, de modo que podem existir simultaneamente flores e frutos.
Acer rubrum (Acer-dos-pântanos)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta> Classe: Equisetopsida > Ordem: Sapindales > Família: Sapindaceae > Género: Acer > Espécie: Acer rubrum
Árvore decídua de tamanho médio nativa do leste da América do Norte. De porte médio, 12-20 m de altura, com uma copa arredondada a oval. Ocorre em terras húmidas, planícies fluviais e florestas húmidas, mas também se adapta a áreas mais secas e rochosas. As folhas (até 15 cm de comprimento) têm 3 lóbulos triangulares principais (às vezes 5 lóbulos com os dois lóbulos inferiores sendo em grande parte suprimidos) com margens dentadas e pontas pontiagudas de cor verde médio a escuro na face superior e cinza-esverdeadas na face inferior. No outono assumem uma brilhante coloração vermelha. As flores são primariamente masculinas ou femininas ou monoicas e aparecem no final do inverno até ao início da primavera (março-abril) antes das folhas. As flores masculinas têm estames longos que se estendem para além da pétala e estão cobertas de pólen amarelo nas pontas. Na flor feminina é o estigma que se estende além das pétalas, pronto para receber o pólen. É a flor feminina que produz o fruto que é uma sâmara de duas asas.
Casuarina equisetifolia Forst. (Casuarina)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Fagales > Família: Casuarinaceae > Género: Casuarina > Espécie: Casuarina equisetifolia
Árvore de porte médio a grande (pode atingir os 35 m de altura), de copa cónica com folhas reduzidas a escamas incolores microscópicas, reunidas nos verticilos às 6-9(11) e raminhos verdes e fotossintéticos (cladódios). Tronco direito e cilíndrico (diâmetro até 150 cm) com casca lisa, clara acinzentada-castanha em troncos jovens, e rugosa e sulcada em árvores mais adultas. O fruto é um amentilho frutífero ovoide, semelhante a uma pequena pinha e medindo até 2,5 cm de comprimento.
É uma espécie monoica, com polinização anemófila e com capacidade para fixar azoto atmosférico devido à relação simbiótica com Actinobactérias (Frankia) alojadas nos nódulos das suas raízes.
É tolerante à secura, vento e salsugem (mas não à sombra) e suporta solos calcários e arenosos, adaptando-se à arborização de regiões secas e litorais desprotegidos. Pode ser usada em cortinas de abrigo e em parques, jardins e alinhamentos urbanos, como ornamental.
Fagus sylvatica L. (Faia)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Fagus > Espécie: Fagus sylvatica
A faia é uma árvore robusta, geralmente muito ramificada quando adulta, de copa ovada ou arredondada, caducifólia, que pode medir até 30 m de altura. Tronco direito, com casca lisa, de cor cinzenta. Numerosos ramos horizontais ou ascendentes e folhagem densa que fornece abundante sombra. As folhas são ovadas ou elípticas, com nervuras laterais bem marcadas e quase paralelas, pecioladas, no início de cor verde-claro, depois escuras e algo lustrosas na maturação, com 4 a 9 cm de comprimento; margem ondulada, com abundantes pelos sedosos muito característicos, nas folhas jovens; as estípulas são estreitas, roxas e caducas. As flores masculinas têm um número variável de estames (8 a 16) e um invólucro sepaloide de 4 a 7 peças, dispostas em inflorescência globosas. As inflorescências femininas nascem na mesma planta, agrupadas no interior de um invólucro dividido em 4 partes. O fruto é constituído por 2, às vezes 1 a 3, nozes lustrosas, de secção triangular, com os ângulos bem marcados, encerrados numa cúpula eriçada de picos frouxos, que se abre por 4 valvas para libertar os frutos (aquénios).
Grevillea robusta A. Cunn. (Grevílea)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Proteales > Família: Proteaceae > Género: Grevillea > Espécie: Grevillea robusta
A grevílea é uma árvore de tamanho médio a grande, de 20-30 m de altura, podendo chegar a 37 m. As folhas são perenes, bipinuladas, longas (até 30 cm), alternas e profundamente recortadas sendo a face inferior mais clara do que a superior e com indumento esbranquiçado ou acinzentado. As flores nascem em racimos com cerca de 7 a 13 cm, sobre compridos pedúnculos, de um amarelo vivo a alaranjado, medem cerca de 2 cm. O fruto é um pequeno folículo cinzento-escuro, terminado em gancho e contendo sementes aladas.
É tolerante à secura, vento e salsugem (mas não à sombra), suporta bem todos os tipos de solos, mas prefere os fundos e frescos com textura leve a mediana, e é muito plástica quanto ao pH (4,5-7,5).
É preferencialmente usada como ornamental, mas a sua madeira apresenta boas características para carpintaria.
Liquidambar styraciflua L. (Liquidâmbar)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Saxifragales > Família: Altingiaceae > Género: Liquidambar > Espécie: Liquidambar styraciflua
Árvore que pode alcançar, no seu local de origem, 40 m de altura, de tronco direito, casca acinzentada, grossa e fendida nos exemplares mais velhos e produz ramos desde a parte inferior do tronco. Os ramos e ramagens mais ou menos encurvados têm umas tonalidades amareladas ou avermelhas, que em conjunto formam uma copa estreita, piramidal e de folhagem. Folhas alternas, caducas, longamente pecioladas, com pecíolo de 6 a12 cm, palmatinervas, com 5 a 7 lóbulos profundos acuminados e finamente serrados, truncados ou cordiformes na base, de limbo com 10 a 18 cm de comprimento; são brilhantes, lisas, emanando um odor a bálsamo quando rompem, com uma coloração verde escura na página superior e verde mais clara na página inferior, tomando várias tonalidades sucessivas antes da queda. Flores pequenas, unissexuais, esverdeadas, reunidas em inflorescências globosas sobre um pedúnculo delgado; as masculinas em racimos, as femininas em inflorescências globosas pendentes. Os frutos são pequenas cápsulas que se reúnem em glomérulos espinhosas de uns 3 cm de diâmetro e sobre longos pedúnculos; cada cápsula encerra 1 ou 2 sementes aladas.
Olea europaea L. (Oliveira)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Lamiales > Família: Oliaceae > Género: Olea > Espécie: Olea europaea
Árvore perenifólia de porte médio (pode atingir os 15 m) e copa arredondada. Tronco: grosso, tortuoso, fendido, vai retorcendo com o avançar da idade; ritidoma acinzentado. Folhas: coriáceas, opostas, simples e oblongo-lanceoladas, de pecíolo curto, inteiras e mucronadas; glabras e verde-acinzentadas na página superior e cinzento-prateadas, com pêlos, na página inferior. Flores: pequenas; cálice em forma de taça; corola constituída por quatro pétalas brancas soldadas na base; dispostas em pequenos cachos. Fruto: drupa elipsóide e oleaginosa (azeitona), inicialmente verde e que se torna mais escura com o amadurecimento; negra enquanto madura, passando por fases avermelhadas pelo meio; existem variantes em que as drupas permanecem verdes, mesmo quando maduras.
Prunus serrulata (Cerejeira-do-japão)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Equisetopsida > Ordem: Rosales > Família: Rosaceae > Género: Prunus > Espécie: Prunus serrulata
Árvore de tamanho médio que cresce a 8-12m de altura em seu habitat nativo. Apresenta flores brancas ou rosa não perfumadas na primavera, frutos pretos do tamanho de ervilhas no final do verão e folhas verdes ovadas a lanceoladas (até 12 cm de comprimento). As flores vêm em forma simples, semi-dupla ou dupla e florescem um pouco antes da folhagem na primavera. As novas folhas podem ser tingidas com bronze e a cor do outono varia de tons interessantes de bronze e vermelho para amarelos sem distinção.
A cerejeira japonesa floresce melhor em pleno sol e prefere solos húmidos, bem drenados e argilosos. É recomendável garantir a boa circulação de ar na copa para reduzir o risco de doenças. Esta árvore não tolera solos mal drenados.
Pinus pinea L. (Pinheiro-manso)
Reino: Plantae > Divisão: Pinophyta (Gimnospermae) > Classe: Pinopsida > Ordem: Pinales > Família: Pinaceae > Género: Pinus > Espécie: Pinus pinea
Árvore robusta, perenifólia e resinosa, de copa arredondada (8 a 15 m de diâmetro). Pode atingir os 30 m de altura. Tronco: direito, cilíndrico, com ritidoma castanho-acinzentado, espesso e bastante fendido (desprende-se em placas grossas, deixando a descoberto as placas novas, avermelhadas); ramificação verticilada. Folhas: verde-claras, aciculares (em forma agulha), rígidas, pontiagudas e pungentes (até 20 cm de comprimento); crescem aos pares na axila de uma folha rudimentar escamosa, sobre o braquiblasto (ramo muito curto) e envolvidas por uma bainha membranosa na base. Inflorescências: espécie monóica (estruturas masculinas e femininas diferenciadas, na mesma planta); as masculinas em forma de espigas amareladas, agrupadas nos ramos do ano; as femininas formam uma estrutura ovóide, escamosa (escamas lenhosas) e pardo-avermelhada, denominada pinha ou cone. Fruto: pinha ovado-globosa, subséssil, escamosa, castanho-avermelhada e lustrosa; contém duas sementes (pinhões) por escama, de cor negra. Amadurece na Primavera do terceiro ano; liberta os pinhões na Primavera do quarto ano.
Quercus faginea Lam. (Carvalho-português)
Reino: Plantae > Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Quercus faginea
Caracteriza-se por atingir até 20 m de altura, com copa alargada, esférica ou elipsoidal. Tronco: erecto, com ritidoma pouco espesso, rugoso e acastanhado. Ramos compridos, ascendentes e os mais jovens pubescentes. Folhas: 4-10 x 1,5-4 cm, alternas, marcescentes, subcoriáceas, ovado-lanceoladas ou elípticas, com margens onduladas, dentadas ou serradas, com dentes triangulares agudos, obtusos ou mucronados. São glabras ou glaberescentes, verdes na página superior e tomentosas na inferior. Flores: masculinas em amentilhos (4-8 cm) e as femininas em amentilhos paucifloros, florescendo de Fevereiro a Maio. Fruto: glande, 15-35 x 10-20 mm, séssil ou com pedúnculo até 2,5 cm.
Quercus robur L. (Carvalho-alvarinho)
Reino: Plantae > Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Quercus robur
Árvore até 30 (máx. 40) m. Ramos: glabros a glabrescentes com alguns pêlos simples. Folhas: membranáceas, caducas a marcescentes, obovadas a oblongo-obovadas, especialmente no ápice, e cuneadas na base; margem sinuado-lobada ou irregularmente pinatilobada a raramente pinatífida, com lobos obtusos, largos e desiguais; nervos secundários (< 8) nunca paralelos, curvados, por vezes com nervos sinuais; pecíolo curto (< 5 mm), glabro, canaliculado. Frutos: pedunculados, com cúpula larga (> 14 mm) de escamas acastanhadas, as inferiores livres e largas e as superiores densamente aproximadas e agudas.
Quercus rubra L. (Carvalho-americano)
Reino: Plantae > Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Quercus rubra
Árvore que pode chegar aos 25(50) m no seu lugar de origem. Copa ampla e ramos mais ou manos rectos. Folhas membranáceas, caducas, de ovadas a obovadas, com 7 a 11 lóbulos triangulares providos de 1 a 3 dentes, glabras, de um verde mate na página superior e algo glauca na página inferior, com pubescência nas axilas das nervuras. Antes de cair, as folhas ficam vermelhas. Inflorescências em amentilhos amarelo-acastanhados, os masculinos com 5 a 12 cm, fasciculados na axila das folhas superiores. Frutos (glandes) solitários ou geminados, de maturação bienal; aquénio com 2-3 cm; cúpula mais ou menos comprimida, discoidal, com escamas ovadas, delgadas e aplicadas. O fruto é de maturação bienal.
Quercus suber L. (Sobreiro)
Reino: Plantae > Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida > Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Quercus suber
Árvore perenifólia mais ou menos elevada, 10-15 (25) m de altura, de copa ampla e arredondada, por vezes, irregular e com raízes superficiais que produzem ladrões. Tronco: grosso face à altura, com ritidoma suberoso profundo (cortiça), elástico e aberto em fendas longitudinais (muito gretado), cinzento escuro; amarelo, alaranjado e castanho-escuro no tronco e ramos descortiçados. Folhas: 2,5 a 10 cm x 1,2 a 6,5 cm, coriáceas, persistentes (até 3 anos), alternas, simples, pecioladas ovadas ou oblongas, a sub-lanceoladas, ordinário arredondadas ou subcordiformes na base e aguçadas no cimo; convexas para a página superior, serradas e mucronadas, com a face adaxial verde-escura glabra a glabrescente e a face abaxial acinzentada, com tomento estrelado-cotanilhoso; nervura principal sinuosa (principalmente no ápice), com 5 a 7 pares de nervuras secundárias, sem bifurcações (nervação terciária) e inseridas em ângulos inferiores a 45-50º com a nervura principal. Flores: masculinas em amentilhos (4-8 cm) e as femininas solitárias ou em pares. Floração: sub-contínua, maioritariamente de Abril a Julho. Fruto: glande (bolota) 20-45 x 10-18 mm, com pedúnculo de 5-40 mm, cúpula cónica a semi-hemisférica com escamas livres compridas e aveludadas, desde ovado-lanceoladas, linear-lanceoladas a sub espatuladas. Frutificação marcadamente bianual, podendo ser anual, quando em estações ecológicas mais húmidas.
Taxus baccata L. (Teixo)
Reino: Plantae > Divisão: Spermatophyta > Classe: Pinatae > Ordem: Pinales > Família: Taxaceae > Género: Taxus > Espécie: Taxus baccata
Árvore perene de 8 a 10 m que excepcionalmente pode atingir 15-20 m de altura, frequentemente tem porte arbustivo; muito ramificada desde a base com copa densa; se isolada, tem forma piramidal ampla com ramos grossos, compridos, flexíveis e horizontais, raminhos ascendentes; tronco recto, canelado, por vezes irregular.
Propaga-se por semente ou por rebentação de touça e aceita bem a poda de conformação, usada com fins ornamentais; é uma importante componente do coberto florestal das nossas serras, onde se tem vindo a tornar rara, justificando medidas de proteção. Embora suporte a luz na maturidade é, essencialmente, uma espécie de sombra, que vegeta melhor sob coberto. Dá-se mal em povoamentos puros (competição intraespecífica).
Devido à presença de taxina (alcalóide tóxico), as partes verdes da planta podem ser perigosas para animais e pessoas.