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Património Arbóreo
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Pinus pinea L. (Pinheiro-manso)
Reino: Plantae >Divisão: Pinophyta (Gimnospermae) > Classe: Pinopsida > Ordem: Pinales > Família: Pinaceae > Género: Pinus > Espécie: P. Pinea
Árvore robusta, perenifólia e resinosa, de copa arredondada (8 a 15 m de diâmetro). Pode atingir os 30 m de altura. Tronco: direito, cilíndrico, com ritidoma castanho-acinzentado, espesso e bastante fendido (desprende-se em placas grossas, deixando a descoberto as placas novas, avermelhadas); ramificação verticilada. Folhas: verde-claras, aciculares (em forma agulha), rígidas, pontiagudas e pungentes (até 20 cm de comprimento); crescem aos pares na axila de uma folha rudimentar escamosa, sobre o braquiblasto (ramo muito curto) e envolvidas por uma bainha membranosa na base. Inflorescências: espécie monóica (estruturas masculinas e femininas diferenciadas, na mesma planta); as masculinas em forma de espigas amareladas, agrupadas nos ramos do ano; as femininas formam uma estrutura ovóide, escamosa (escamas lenhosas) e pardo-avermelhada, denominada pinha ou cone. Fruto: pinha ovado-globosa, subséssil, escamosa, castanho-avermelhada e lustrosa; contém duas sementes (pinhões) por escama, de cor negra. Amadurece na Primavera do terceiro ano; liberta os pinhões na Primavera do quarto ano.
Quercus robur L. (Carvalho-alvarinho)
Reino: Plantae >Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Q. robur>
Árvore até 30 (máx. 40) m. Ramos: glabros a glabrescentes com alguns pêlos simples. Folhas: membranáceas, caducas a marcescentes, obovadas a oblongo-obovadas, especialmente no ápice, e cuneadas na base; margem sinuado-lobada ou irregularmente pinatilobada a raramente pinatífida, com lobos obtusos, largos e desiguais; nervos secundários (< 8) nunca paralelos, curvados, por vezes com nervos sinuais; pecíolo curto (< 5 mm), glabro, canaliculado. Frutos: pedunculados, com cúpula larga (> 14 mm) de escamas acastanhadas, as inferiores livres e largas e as superiores densamente aproximadas e agudas.
Quercus rubra L. (Carvalho-americano)
Reino:Plantae >Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Q. rubra
Árvore que pode chegar aos 25(50) m no seu lugar de origem. Copa ampla e ramos mais ou manos rectos. Folhas membranáceas, caducas, de ovadas a obovadas, com 7 a 11 lóbulos triangulares providos de 1 a 3 dentes, glabras, de um verde mate na página superior e algo glauca na página inferior, com pubescência nas axilas das nervuras. Antes de cair, as folhas ficam vermelhas. Inflorescências em amentilhos amarelo-acastanhados, os masculinos com 5 a 12 cm, fasciculados na axila das folhas superiores. Frutos (glandes) solitários ou geminados, de maturação bienal; aquénio com 2-3 cm; cúpula mais ou menos comprimida, discoidal, com escamas ovadas, delgadas e aplicadas. O fruto é de maturação bienal.
Quercus faginea Lam. (Carvalho-português)
Reino: Plantae >Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Q. faginea
Caracteriza-se por atingir até 20 m de altura, com copa alargada, esférica ou elipsoidal. Tronco: erecto, com ritidoma pouco espesso, rugoso e acastanhado. Ramos compridos, ascendentes e os mais jovens pubescentes. Folhas: 4-10 x 1,5-4 cm, alternas, marcescentes, subcoriáceas, ovado-lanceoladas ou elípticas, com margens onduladas, dentadas ou serradas, com dentes triangulares agudos, obtusos ou mucronados. São glabras ou glaberescentes, verdes na página superior e tomentosas na inferior. Flores: masculinas em amentilhos (4-8 cm) e as femininas em amentilhos paucifloros, florescendo de Fevereiro a Maio. Fruto: glande, 15-35 x 10-20 mm, séssil ou com pedúnculo até 2,5 cm.
Liquidambar styraciflua L. (Liquidâmbar)
Reino: Plantae >Divisão: Spermatophyta> Classe: Magnoliopsida> Ordem: Saxifragales > Família: Altingiaceae > Género: Liquidambar > Espécie: Liquidambar styraciflua.
Árvore que pode alcançar, no seu local de origem, 40 m de altura, de tronco direito, casca acinzentada, grossa e fendida nos exemplares mais velhos e produz ramos desde a parte inferior do tronco. Os ramos e ramagens mais ou menos encurvados têm umas tonalidades amareladas ou avermelhas, que em conjunto formam uma copa estreita, piramidal e de folhagem. Folhas alternas, caducas, longamente pecioladas, com pecíolo de 6 a12 cm, palmatinervas, com 5 a 7 lóbulos profundos acuminados e finamente serrados, truncados ou cordiformes na base, de limbo com 10 a 18 cm de comprimento; são brilhantes, lisas, emanando um odor a bálsamo quando rompem, com uma coloração verde escura na página superior e verde mais clara na página inferior, tomando várias tonalidades sucessivas antes da queda. Flores pequenas, unissexuais, esverdeadas, reunidas em inflorescências globosas sobre um pedúnculo delgado; as masculinas em racimos, as femininas em inflorescências globosas pendentes. Os frutos são pequenas cápsulas que se reúnem em glomérulos espinhosas de uns 3 cm de diâmetro e sobre longos pedúnculos; cada cápsula encerra 1 ou 2 sementes aladas.
Arbutus unedo L. (Medronheiro)
Reino: Plantae >Divisão: Spermatophyta> Classe: Magnoliopsida> Ordem: Ericales > Família: Ericaceae > Género: Arbutus > Espécie: Arbutus unedo
O medronheiro é um arbusto ou pequena árvore, que pode chegar a medir entre 8 a 10 m de altura, embora normalmente não ultrapasse os 3 a 5 m, com raízes profundas. Tronco com a casca vermelho escuro ou cinza escuro, muito escamosa, que se desprende em placas, ficando caduca nos exemplares velhos. Caules erectos, tortuosos e ramos jovens avermelhados. Folhas simples, em disposição alterna, mais ou menos serradas, persistentes, obovado lanceoladas com pecíolo curto, um pouco coriáceas, glabras, lustrosas e verde-escuras na página superior, mais pálidas na inferior. Flores medíocres, reunidas em panículas pendentes e terminais. Corola gomilosa, esbranquiçada-esverdeada, com 5 dentes retroflectidos, caduca; 10 estames, inclusos. O fruto é uma baga globosa, vermelha na maturação, comestível (medronho), com a superfície provida de pequenas verrugas ou picos. Tem sabor ligeiramente ácido mas agradável, com 20 a 25 sementes. A época de floração surge na altura em que os frutos do ano anterior ficam maduros, de modo que podem existir simultaneamente flores e frutos.
Fagus sylvatica L. (Faia)
Reino: Plantae >Divisão: Spermatophyta> Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Fagus > Espécie: Fagus sylvatica.
A faia é uma árvore robusta, geralmente muito ramificada quando adulta, de copa ovada ou arredondada, caducifólia, que pode medir até 30 m de altura. Tronco direito, com casca lisa, de cor cinzenta. Numerosos ramos horizontais ou ascendentes e folhagem densa que fornece abundante sombra. As folhas são ovadas ou elípticas, com nervuras laterais bem marcadas e quase paralelas, pecioladas, no início de cor verde-claro, depois escuras e algo lustrosas na maturação, com 4 a 9 cm de comprimento; margem ondulada, com abundantes pelos sedosos muito característicos, nas folhas jovens; as estípulas são estreitas, roxas e caducas. As flores masculinas têm um número variável de estames (8 a 16) e um invólucro sepaloide de 4 a 7 peças, dispostas em inflorescência globosas. As inflorescências femininas nascem na mesma planta, agrupadas no interior de um invólucro dividido em 4 partes. O fruto é constituído por 2, às vezes 1 a 3, nozes lustrosas, de secção triangular, com os ângulos bem marcados, encerrados numa cúpula eriçada de picos frouxos, que se abre por 4 valvas para libertar os frutos (aquénios).
Olea europaea L. (Oliveira)
Reino: Plantae >Divisão: Spermatophyta> Classe: Magnoliopsida> Ordem: Lamiales > Família: Oliaceae > Género: Olea > Espécie: Olea europaea.
Árvore perenifólia de porte médio (pode atingir os 15 m) e copa arredondada. Tronco: grosso, tortuoso, fendido, vai retorcendo com o avançar da idade; ritidoma acinzentado. Folhas: coriáceas, opostas, simples e oblongo-lanceoladas, de pecíolo curto, inteiras e mucronadas; glabras e verde-acinzentadas na página superior e cinzento-prateadas, com pêlos, na página inferior. Flores: pequenas; cálice em forma de taça; corola constituída por quatro pétalas brancas soldadas na base; dispostas em pequenos cachos. Fruto: drupa elipsóide e oleaginosa (azeitona), inicialmente verde e que se torna mais escura com o amadurecimento; negra enquanto madura, passando por fases avermelhadas pelo meio; existem variantes em que as drupas permanecem verdes, mesmo quando maduras.
Quercus suber L. (Sobreiro)
Reino: Plantae >Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae) > Classe: Magnoliopsida> Ordem: Fagales > Família: Fagaceae > Género: Quercus > Espécie: Q. suber
Árvore perenifólia mais ou menos elevada, 10-15 (25) m de altura, de copa ampla e arredondada, por vezes, irregular e com raízes superficiais que produzem ladrões. Tronco: grosso face à altura, com ritidoma suberoso profundo (cortiça), elástico e aberto em fendas longitudinais (muito gretado), cinzento escuro; amarelo, alaranjado e castanho-escuro no tronco e ramos descortiçados. Folhas: 2,5 a 10 cm x 1,2 a 6,5 cm, coriáceas, persistentes (até 3 anos), alternas, simples, pecioladas ovadas ou oblongas, a sub-lanceoladas, ordinário arredondadas ou subcordiformes na base e aguçadas no cimo; convexas para a página superior, serradas e mucronadas, com a face adaxial verde-escura glabra a glabrescente e a face abaxial acinzentada, com tomento estrelado-cotanilhoso; nervura principal sinuosa (principalmente no ápice), com 5 a 7 pares de nervuras secundárias, sem bifurcações (nervação terciária) e inseridas em ângulos inferiores a 45-50º com a nervura principal. Flores: masculinas em amentilhos (4-8 cm) e as femininas solitárias ou em pares. Floração: sub-contínua, maioritariamente de Abril a Julho. Fruto: glande (bolota) 20-45 x 10-18 mm, com pedúnculo de 5-40 mm, cúpula cónica a semi-hemisférica com escamas livres compridas e aveludadas, desde ovado-lanceoladas, linear-lanceoladas a sub espatuladas. Frutificação marcadamente bianual, podendo ser anual, quando em estações ecológicas mais húmidas.
Taxus baccata L. (Teixo)
Reino: Plantae >Divisão: Spermatophyta > Classe: Pinatae > Ordem: Pinales > Família: Taxaceae > Género: Taxus > Espécie: Taxus baccata
Árvore perene de 8 a 10 m que excepcionalmente pode atingir 15-20 m de altura, frequentemente tem porte arbustivo; muito ramificada desde a base com copa densa; se isolada, tem forma piramidal ampla com ramos grossos, compridos, flexíveis e horizontais, raminhos ascendentes; tronco recto, canelado, por vezes irregular.
In https://www.arvoresearbustosdeportugal.com/portfolio-item/teixo-taxus-baccata/
Características: Propaga-se por semente ou por rebentação de touça e aceita bem a poda de conformação, usada com fins ornamentais; é uma importante componente do coberto florestal das nossas serras, onde se tem vindo a tornar rara, justificando medidas de proteção. Embora suporte a luz na maturidade é, essencialmente, uma espécie de sombra, que vegeta melhor sob coberto. Dá-se mal em povoamentos puros (competição intraespecífica).
Nota: Devido à presença de taxina (alcalóide tóxico), as partes verdes da planta podem ser perigosas para animais e pessoas.